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A Rolha

  • Foto do escritor: Luis C. Rodrigues Serra
    Luis C. Rodrigues Serra
  • 29 de jan. de 2015
  • 2 min de leitura

A ROLHA

Um Supervisor visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto observou algo que lhe chamou a atenção:

Uma professora estava entrincheirada atrás de seu escritório, os alunos faziam a maior bagunça; o quadro era caótico.

Decidiu, então, se apresentar:

- Com licença, sou o Supervisor... Algum problema? -

- Estou completamente perdida senhor, não sei o quê fazer com estas crianças... Não tenho lâminas de apresentações; não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo material didático; não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar, nem o quê lhes dizer!

O Supervisor, que era um docente de alma, viu uma rolha sobre o escritório, a tomou, e com serenidade oriental falou com as crianças:

- Alguém sabe o que é isto? –

- Uma rolha! - gritaram os alunos surpresos.

- Muito bem. E de onde vem a rolha? -

- Da garrafa. Uma máquina a coloca. De uma árvore. Da cortiça. Da madeira. – respondiam as crianças animadas.

- E o que dá para fazer com madeira? – continuava entusiasta o docente.

- Cadeiras. Uma mesa. Um barco! -

- Muito bem, Então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quem faz um mapa na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado brasileiro corresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali? Alguém lembra o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar? -

E assim, começou uma aula variadíssima de desenho, geografia, historia, economia, música, etc.

A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou, comovida, disse ao Supervisor:

- Senhor, eu nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou. Muitíssimo obrigada!!!

O tempo passou. O Supervisor voltou à escola e procurou pela professora. Encontrou-a novamente encolhida atrás de seu escritório, os alunos, outra vez, em desordem total.

- Mas, professora, o que houve? Lembra-se de mim?

- Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou! Não encontro a rolha. Onde a deixou?

Quando alguém não tem vocação para aquilo que deve realizar, nunca vai achar a rolha!

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Luis Carlos Rodrigues Serra, Mentoring e Coaching 

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